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09/12/2025 15h00min - Saúde
5h atrás

Anvisa intensifica ações e proíbe produtos com irregularidades em rotulagem, creatina e ingredientes naturais


Reprodução/Divulgação ► 
Fonte: Fonte Grande FM



A Anvisa tem ampliado o monitoramento sobre suplementos, cosméticos e produtos considerados naturais, diante do aumento de itens vendidos com alegações de saúde sem comprovação científica. Em 2025, novas decisões resultaram na suspensão de vendas, recolhimentos e restrições envolvendo suplementos alimentares, creatina em alimentos comuns, vinagre de maçã e produtos à base de ora-pro-nóbis.

As proibições não se limitam ao nome comercial, mas aos processos de fabricação, registro e rotulagem. A agência atua quando encontra produtos sem autorização, ingredientes sem avaliação, falhas de informação ao consumidor ou alegações terapêuticas que não são permitidas. Situações assim configuram infração sanitária e potencial risco à população.

Entre os problemas mais recorrentes estão suplementos vendidos como “naturais” e “sem contraindicações”, o que induz a uma falsa sensação de segurança. Também foram identificados produtos feitos por empresas desconhecidas, itens sem registro e cápsulas com plantas como ora-pro-nóbis sem estudos suficientes que comprovem segurança e eficácia.

O crescimento do mercado de suplementos entre 2020 e 2025 veio acompanhado de um aumento nas irregularidades. Segundo a agência, grande parte das denúncias envolve produtos para ganho de massa, energia, imunidade e emagrecimento. Quando há infração, a Anvisa pode ordenar recolhimento de lotes, suspender a fabricação, aplicar multas e comunicar outros órgãos de fiscalização.

No caso da creatina, a legislação permite seu uso apenas em suplementos destinados a adultos. A presença da substância em alimentos comuns, como picolés, snacks e bebidas, é proibida. Quando isso ocorre, a Anvisa determina retirada imediata dos produtos do mercado e orienta estabelecimentos e academias a interromper a comercialização.

Já o ora-pro-nóbis segue sob vigilância porque, embora seja usado na culinária, sua versão em cápsulas ou pós exige estudos específicos que ainda não são suficientes. O vinagre de maçã também entrou na lista de produtos problemáticos devido à presença irregular de dióxido de enxofre e falhas de rotulagem, o que pode prejudicar consumidores sensíveis ao aditivo.

Para evitar riscos, o consumidor deve checar se o suplemento possui número de registro e situação regularizada no sistema da Anvisa. Basta localizar o código na embalagem, acessar a área de consulta no site oficial da agência, digitar o número e verificar se o produto está ativo. Se não estiver, a recomendação é não consumir e comunicar o problema aos canais de fiscalização.



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