Aneel mantém cobrança extra na conta de luz em setembro

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A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que a bandeira vermelha patamar 2 continuará em vigor nas contas de luz durante o mês de setembro. Isso significa um custo adicional de R$ 7,87 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.

Segundo a agência, os reservatórios das usinas hidrelétricas seguem em níveis abaixo da média, o que obriga o acionamento de usinas termelétricas para garantir o fornecimento de energia. Como a geração térmica é mais cara, a cobrança extra se torna necessária para equilibrar os custos.

Nos meses anteriores, a cobrança variou. Em junho e julho, foi aplicada a bandeira vermelha patamar 1, que adicionava R$ 4,46 a cada 100 kWh. Já em agosto, a tarifa subiu para o patamar 2, que será mantido em setembro. Quando a bandeira está verde, não há cobrança extra, e a amarela adiciona R$ 1,88.

O sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015 para sinalizar aos consumidores as condições de geração de energia no país. Ele considera fatores como disponibilidade hídrica, participação de fontes renováveis e necessidade de uso de usinas mais caras, como as termelétricas. A ideia é estimular o consumo consciente, já que o consumidor recebe um alerta sobre o custo real da energia em cada período.

Além da manutenção da bandeira vermelha, a Aneel projeta que a conta de luz terá reajuste acima da inflação em 2025. A estimativa é de aumento médio de 6,3%, enquanto a inflação prevista pelo mercado financeiro é de 5,05%.

Esse impacto está ligado ao orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), fixado em R$ 49,2 bilhões, R$ 8,6 bilhões a mais do que o previsto inicialmente. O fundo financia políticas públicas do setor elétrico, como a tarifa social, subsídios a energias renováveis e programas como o Luz Para Todos. Em maio, o governo ampliou o alcance da tarifa social, beneficiando cerca de 55 milhões de brasileiros e ampliando a isenção para mais 60 milhões de pessoas.