20h atrás
Alckmin diz que reunirá setores industriais e do agronegócio para discutir medidas contra tarifaço

O vice-presidente do Brasil e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), anunciou nesta segunda-feira (14) que o governo federal realizará duas reuniões com representantes dos setores industrial e do agronegócio na terça-feira (15).
A iniciativa faz parte da discussão sobre a resposta brasileira ao tarifaço de 50% anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos brasileiros.
"A primeira tarefa é conversar com o setor privado. Separamos em dois blocos. Um bloco, a reunião será amanhã às 10h, no MDIC, com a indústria. Estamos chamando os setores industriais que possuem mais relação comercial com os Estados Unidos", afirmou.
O vice-presidente vai receber representantes dos seguintes setores: Aviões; Aço; Alumínio; Celulose; Máquinas; Calçados; Móveis, Autopeças, Suco de laranja; Carne; Frutas; Mel; Couro e Pescado.
Alckmin explicou que o objetivo do governo é ouvir os empresários, dimensionar os impactos da medida americana sobre as exportações brasileiras e discutir eventuais contramedidas.
Ele ainda destacou que o governo ainda não definiu um prazo para reagir. Além disso, as reuniões não se limitarão apenas à terça-feira. O vice-presidente afirmou que o governo também pretende se reunir com empresas americanas instaladas no Brasil e com entidades de comércio bilateral entre os dois países.
“A primeira tarefa é conversar com o setor privado. Separamos em dois blocos. Um deles terá reunião amanhã, às 10h, no MDIC, com representantes da indústria. Estamos convocando os setores industriais que mantêm mais relações comerciais com os Estados Unidos”, explicou.
Segundo ele, o objetivo dos encontros é proteger os interesses do Brasil e, ao mesmo tempo, evitar rupturas comerciais. “O governo vai trabalhar no sentido de reverter essa taxação, porque entendemos que ela é inadequada, que não se justifica”, completou.
Entenda o caso
Na última quarta-feira ( 9 ), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou uma nova tarifa de 50% sobre produtos brasileiros.
Trump publicou uma carta endereçada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na qual justificou o aumento da tarifa com base no tratamento dado pelo governo brasileiro ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), atualmente julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Na mensagem, o republicano afirmou respeitar “profundamente” Bolsonaro.
Após a carta de Trump, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) respondeu à manifestação do republicano e afirmou que “o Brasil é um país soberano, com instituições independentes, que não aceitará ser tutelado por ninguém”.
O líder brasileiro destacou ainda que qualquer medida de elevação de tarifas de forma unilateral será respondida com base na Lei Brasileira de Reciprocidade Econômica, aprovada em abril, que permite ao governo retaliar tarifas impostas por outros países.
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