"Pesquisa da FGV revela que, em 2026, gastos tributários devem alcançar 7,1% do PIB brasileiro

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Um estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV) aponta que os gastos tributários do Brasil devem atingir 7,1% do PIB em 2026, o maior nível desde 2002. Desse total, os estados responderão por 2,5 pontos percentuais, refletindo um crescimento expressivo na concessão de benefícios fiscais.

Esses gastos referem-se a renúncias de receita, como isenções, deduções e reduções de impostos, concedidas a setores específicos com o objetivo de estimular o desenvolvimento regional. No entanto, quando mal aplicadas, essas medidas podem gerar distorções econômicas e reduzir a arrecadação pública.

A projeção para 2026 é de R$ 954,73 bilhões em gastos tributários, sendo R$ 621 bilhões da União e R$ 333,7 bilhões dos estados — um aumento de 20,6% em relação a 2025. Essa será a maior participação estadual desde 2005, quando os estados representaram 37% do total.

São Paulo lidera em volume de renúncia fiscal, com previsão de R$ 85,6 bilhões. Já o Espírito Santo terá o maior crescimento proporcional, saltando de R$ 3,6 bilhões para R$ 14,9 bilhões, um aumento de 313,1% em apenas um ano.